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Paradoxos
Desde 7/7/2004
Veja abaixo as matérias de Imprensa sobre o espetáculo O canto de Gregório. Os links marcados com (*) podem exigir que o usuário tenha direitos de acesso ao veículo. As matérias abrem automaticamente em uma nova página do navegador, exceto as que se encontram transcritas abaixo, nesta mesma página, por autorização das publicações.
1. Folha
de S. Paulo, 1/7/2004
2. O
Estado de S. Paulo, 1/7/2004
3. Revista
Digital SESC, 1/7/2004
4. Revista
E, julho/2004
5. Guia
da Folha, 2/7/2004 *
6. Jornal
do Brasil, 7/7/2004 (parte 1)
7. Jornal
do Brasil, 7/7/2004 (parte 2)
8. Gazeta
Mercantil, 9/7/2004
9. Último
Segundo, 12/7/2004
10. Veja
São Paulo, 14/7/2004 *
11. Istoé,
21/7/2004
12. O
Estado de S. Paulo, 27/8/2004
13. Viver
- mente & cérebro, 1/9/2004
14. Blog
de Mario Bortolotto, 25/11/2004
15. Antaprofana,
janeiro/2005
16. O
Globo, 16/9/2005
17. Bravo!
Online (NOVO) (Inclui
artigo "Julgamento e ousadia", de Alberto Guzik, publicado na
edição n.º 80 da revista Bravo! impressa, de maio de
2004.)
Matéria publicada na revista Viver - mente & cérebro
(licença de "Scientific American") de setembro de 2004,
escrita pela repórter Ana Garcia. Agradeço à editora-executiva
Rose Campos por ter autorizado a publicação da nota nesta
página.
www.vivermentecerebro.com.br
LABIRINTOS DA RAZÃO
O personagem, em sua solidão, se debate por não ser um
homem bom
Gregório é um homem atormentado pela razão. Possível retrato de uma geração excessivamente cerebral, ele deixa fluxos e contrafluxos de pensamentos dominar sua vida. Ele pergunta, ele mesmo responde. Com outra pergunta. Submerge em um labirinto de indagações sem fim, em que imperam a lógica e a filosofia. Cada questionamento é uma tentativa de entender a condição humana. Mas ele pensa demais. E as respostas levam a uma humanidade sem saída - afinal, raciocina Gregório, se fôssemos verdadeiramente generosos e corretos, nem precisaríamos pensar nisso. Se a bondade é resultado de uma decisão, já perdeu sua qualidade intrínseca. Como o ser humano sempre calcula seus atos, conclui, não há bondade possível, apenas ações baseadas em equações de custo e benefício. A esmola oferecida ao mendigo nada mais é do que um impulso gerado pela pressão da sociedade em favor do próprio bem-estar moral. Isto é fraternidade?
Rapidamente Gregório conduz a platéia à reflexão e ao mesmo estado vertiginoso de dúvidas em que se encontra. Oferece-nos o momento do qual geralmente procuramos nos afastar: aquele em que saímos da superfície cotidiana e nos dispomos a compreender o mundo para além do que se apresenta aos nossos olhos. Buda, Jesus e Sócrates são algumas das figuras que dialogam com o personagem principal.
O texto de estréia de Paulo Santoro faz da viagem de Gregório para dentro de si mesmo um passeio denso mas agradável, com o qual é fácil se identificar. Segundo o diretor Antunes Filho, o autor será um expoente da dramaturgia em alguns anos. É ver para saber.